quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Execução de paranaense preso na Indonésia vai ser adiada

A execução do paranaense Rodrigo Goularte, prevista para acontecer ainda em fevereiro, deve ser adiada pelo Governo da Indonésia. A informação foi divulgada pela BBC Brasil. A justificativa para o adiamento da execução de Rodrigo e outros prisioneiros é que a prisão onde as sentenças de morte seriam cumpridas ainda não está pronta. O porta-voz do procurador-geral da Indonésia disse à BBC Brasil que "está quase certo" que as execuções de fato não acontecerão em fevereiro.

A família de Rodrigo ainda não foi informada do adiamento. Mas, segundo o advogado Cleverson Teixeira, se a notícia for confirmada, haverá mais tempo para enfrentar a burocracia da Indonésia e conseguir comprovar que Rodrigo sofre de esquizofrenia.

O objetivo da família é evitar a execução do paranaense e transferi-lo para um hospital psiquiátrico. A legislação da Indonésia impede a sentença de morte em prisioneiros que não estão em plenas condições mentais.

Um médico do governo da Indonésia já diagnosticou a esquizofrenia em Rodrigo. O laudo precisa ser assinado pelo diretor-geral do presídio, mas independente disso, uma prima do paranaense está no país para protocolar pessoalmente os exames. O documento também será levado ao procurador-geral, que pedirá ou não o internamento.

Mesmo com uma intensa burocracia, o advogado da família acredita que ele não será executado e conta que a saúde mental de Rodrigo tem piorado dentro da prisão.

Rodrigo Goularte, de 42 anos, natural de Foz do Iguaçu, está preso desde julho de 2004, após tentar entrar na Indonésia com 6kg de cocaína escondidos em pranchas de surfe. Ele foi condenado à morte em 2005.

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